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O Mago Transformildo



Eu sou o mago Transformildo...
Em tudo o que eu penso,
eu me transformo...
Se eu penso em um sapo,
eu saio pulando...
Se eu penso em um pássaro,
eu saio voando...
Se eu penso em um peixe,
eu saio nadando...
Se eu penso em uma cobra,
eu saio rastejando...
Você ri?!... É exatamente
assim que acontece!...
Eu sou o mago Transformildo...
Em tudo o que eu penso,
eu me transformo...




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O Dono do Circo, o Macaco e o Trapezista


O dono do circo perguntou:
“Onde está o macaco?!...”
Ele olhou para o alto e avistou
o macaco no trapézio.
Gritou: “Desça já daí!”
O trapezista, que estava apreciando
 a atuação do macaco, rebateu:
“Não, não!... Permaneça aí!”
O macaco, indeciso,
não sabia que ordem seguir.
E o dono do circo
continuou a gritar:
“Desça já daí!”
O trapezista rebatia:
“Não, não!... Permaneça aí!”
Enquanto o dono do circo
e o trapezista discutiam,
gritando um com o outro,
o macaco, que era esperto,
pulou na rede e fugiu do circo.
Ninguém nunca mais o viu.


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Lindo, Perfeito, Profundo


Lindo, perfeito, profundo!...
Lindo, perfeito, profundo!...

Ponha a boca no mundo!...
Bata no tambor!...
Não existe nada mais lindo
do que o amor!...

Ponha a boca no mundo!...
Bata no tambor!...
Não existe nada mais perfeito
do que o amor!...

Ponha a boca no mundo!...
Bata no tambor!...
Não existe nada mais profundo
do que o amor!...

Lindo, perfeito, profundo!...
Lindo, perfeito, profundo!...



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Sou eu: o Papai Noel


Hoh, hoh, hoh, hoh!...
Sou eu, sou eu:
O Papai Noel!...
O Papai Noel!...

Hoh, hoh, hoh, hoh!...
Esqueci os brinquedos...
O saco está vazio...
Alegria é tudo
o que eu posso dar...

Hoh, hoh, hoh, hoh!...
Alegria, alegria!...
Sou eu, sou eu:
O Papai Noel!...
O Papai Noel!...


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Os Quatro Fantasmas e o Vento


Naquela época, havia quatro fantasmas,
um em cada canto do mundo.
E, quando eles cantavam, todos pensavam
que era o vento reclamando de tudo.

E os quatro fantasmas, além de cantar,
assoviavam e sopravam sem parar...
E, quando eles sopravam, todos pensavam
que era o vento varrendo o mundo.

Certo dia, o vento zangou-se e obrigou
os fantasmas a se calarem.
Os fantasmas se aborreceram e se mudaram
para um planeta desabitado.

Lá, eles continuam cantando, assoviando
e soprando, um em cada canto do mundo.
E não existe ninguém para pensar
que é o vento reclamando de tudo.




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O Sapinho, o Passarinho e o Peixinho




O sapinho pula, pula...
O sapinho pula, pula...
Que vidinha boa!...
Um sapinho, eu queria ser!...



O passarinho voa, voa...
O passarinho canta, canta...
Que bela melodia!...
Um passarinho, eu queria ser!...




O peixinho nada, nada...
O peixinho nada, nada...
Que vidinha boa!...
Um peixinho, eu queria ser!...









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Edvaldo e o Gigante que gostava de ouvir histórias

Baixinho!... Edvaldo detestava ser baixinho!... Na escola, não havia garoto mais baixo do que ele. Se ele fosse alto, ele poderia ser até gordo... Mas baixinho!... Caminhando, embalado por esses pensamentos, Edvaldo assustou-se quando ouviu um grito. Desconfiado, ele olhou para os lados e não viu ninguém. Ele se preparava para dar o próximo passo, quando ouviu alguém gritar: “Cuidado! Olhe onde pisa!...”

Edvaldo, espantado, segurou o pé no ar, e ficou perplexo ao ver aquele ser minúsculo. Ele se ajoelhou e fixou o olhar no homenzinho. Surpreendeu-se ao ouvi-lo dizer: “Vim buscá-lo. Você precisa me seguir. O reino onde moro foi invadido por um gigante que gosta de ouvir histórias, e você deve ir lá para ensiná-lo a ler. Os meus amigos e eu não aguentamos mais ficar dia após dia inventando histórias para aquele grandalhão insaciável!...”

Edvaldo estendeu a mão enquanto dizia: “Suba aqui. Eu o levarei à minha casa para que possamos conversar.” O homenzinho recusou-se a subir na mão de Edvaldo. Disse: “Eu já compreendi: você não ousaria atravessar o portal que o conduziria ao meu reino. Você ainda é muito jovem e não se afastaria de seus pais. Eu já sei o que faremos: enviarei o gigante para esta dimensão, e você o hospedará em sua casa e o conduzirá à escola. Amanhã você o encontrará nesta mesma hora, neste mesmo lugar.” Sem esperar pela resposta de Edvaldo, o homenzinho desapareceu.

No dia seguinte, quando retornava da escola, Edvaldo passou por aquela mesma rua. Ele não acreditava que fosse encontrar um gigante barrando o seu caminho. Ele contou a história toda a seus pais, e eles disseram que tudo não passara de uma peça que a sua imaginação lhe pregara. Ele caminhava distraído quando um garoto, poucos centímetros mais baixo do que ele, começou a segui-lo a passos largos e logo o alcançou. Edvaldo ficou intrigado quando o ouviu dizer: “Você é um gigante ainda maior do que eu. Se você aprendeu a ler, eu também consigo... Tive que adquirir esta aparência de garoto para que ninguém desconfiasse que tenho cento e trinta e nove anos. Eu sou louco por histórias, e os homenzinhos me aborrecem porque contam quase sempre a mesma história. Depois que eu aprender a ler, levarei muitos livros para a minha dimensão.”

Com o passar do tempo, Edvaldo e o gigante tornaram-se amigos, e Edvaldo nunca mais reclamou de sua estatura. Como ele poderia se considerar baixinho, se era ainda mais alto do que um gigante?!... 





Se você ainda não leu o poema "O Gigante que gostava de ouvir histórias", clique no link abaixo:

http://doceventuradetecersonhos.blogspot.com.br/2014/02/o-gigante-que-gostava-de-ouvir-historias.html 
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Carlos e seu presente de Natal

O pai de Carlos, poucos dias antes do Natal, perguntou a ele: “O que você deseja pedir para o Papai Noel?!... Precisamos escrever, para ele, uma cartinha.” O pai do garoto surpreendeu-se quando o ouviu dizer: “Eu não quero escrever para o Papai Noel. Eu quero escrever para o Palhaço que veio na minha festa de aniversário.” Intrigado, o pai de Carlos comentou: “Palhaços não entregam presentes. Você precisa me dizer o que deseja ganhar no Natal.” E o garotinho respondeu: “Eu quero uma foto do meu amigo Palhaço. Eu sonho com ele todas as noites: ele está sempre rindo, e eu gosto de ouvir suas gargalhadas.” Carlos era insistente; e, naquele Natal, ele ganhou um quadro, no qual estava estampado o sorriso de seu amigo Palhaço.


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O garotinho que dizia não ter medo de nada

Aquele garotinho, que parecia tão valente, que dizia não ter medo de nada, que segurava a mão de sua irmãzinha para transmitir a ela coragem, tinha medo do escuro. Para ele, o monstro que se alimentava de sombras possuía braços fortes e mãos gigantescas, que poderiam arrancá-lo facilmente desta dimensão. Quando a luz se apagava, o garotinho puxava a coberta para esconder o rosto. De olhos fechados, ele rezava e pedia proteção. Logo o sono vinha, e ele só se lembrava de que tinha medo do escuro na noite seguinte, quando o seu pai lhe perguntava: “Você quer que eu deixe a luz acesa, ou posso apagá-la?” E o garotinho, com um sorriso cativante, respondia: “Pode apagá-la, porque eu não tenho medo de nada.”


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João e a foto de Ketlyn


João era um garoto tímido que não conseguia se apaixonar. Certo dia, enquanto sua irmã estava na escola, ele entrou no quarto dela para verificar se a janela estava fechada, porque estava ameaçando chover. Mas ele até se esqueceu do que tinha ido fazer no quarto, quando os seus olhos esbarraram em uma foto que estava sobre a cômoda. Emocionado, ele olhou no verso da foto e sorriu ao ler as palavras: “Alzira, receba esta lembrança de sua amiga e futura cunhada.” A foto era de Ketlyn, amiga inseparável de Alzira.

João imaginou que Ketlyn estivesse apaixonada por ele. O que ele não sabia era que Alzira, sua irmã, estava apaixonada pelo irmão de Ketlyn, e fora apenas por esse motivo que Ketlyn havia chamado Alzira de “futura cunhada”. A partir daquele dia, João, que nunca havia se encorajado a aproximar-se das amigas de sua irmã, começou a cercar Ketlyn de atenções e gentilezas, e a garota também se apaixonou por ele.

Quatro anos depois, João e Ketlyn se casaram. Alzira e Vinícius, irmão de Ketlyn, foram os padrinhos. E um ano depois, João e Ketlyn testemunharam a união de Alzira e Vinícius.  Os dois casais tiveram filhos que, seguindo o exemplo dos pais, sempre souberam valorizar o amor e a amizade.