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HORA DA LEITURA!
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Tecendo Histórias
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ACONTECEU UMA SEMANA ANTES DO NATAL
Faltava uma semana para
o Natal, e Ursinho, muito preocupado, procurou o seu amigo Renazinha para
dizer:
– O Papai Noel terá que
cancelar o Natal, porque os brinquedos sumiram!... E o pior de tudo é que eu
acho que sei quem os roubou.
Renazinha exclamou:
– Eu também!... Eu me
lembro de quando você disse que não podíamos confiar naquele mago que se
ofereceu para ser ajudante dos duendes. Mas por que ele roubaria os
brinquedos?!... Não seria mais fácil ele fabricá-los com sua magia?!...
Ursinho endireitou o
chapeuzinho, que costumava usar em uma das orelhas, antes de responder:
– O mago não
conseguiria utilizar sua magia para fabricar brinquedos. Lembre-se de que ele
chegou a confessar que, no lugar de onde veio, ele não usava sua magia para o
bem. Ele implorou para que o Papai Noel o deixasse ficar, porque ele desejava
reparar todos os seus erros. Não temos tempo a perder: precisamos segui-lo.
Toda a magia deixa um rastro; não será difícil encontrá-lo. Não me olhe com
essa carinha de reprovação!... Eu sei que nos aconselharam a não sairmos
sozinhos, mas isso é uma emergência!... Eu não sei voar... Você acha que consegue aguentar o meu
peso?...
Renazinha respondeu
afirmativamente, e os dois partiram seguindo o rastro luminoso que a magia do
mago havia deixado no céu. Quando eles avistaram uma fábrica de brinquedos
velha e abandonada, Ursinho exclamou: “É ali!...”.
Renazinha e Ursinho pousaram
e entraram na fábrica. Decepcionados ao verificarem que estava vazia, Ursinho
exclamou: “Aquele mago trapaceiro conseguiu nos enganar!...”. Desanimados, eles
sentaram para descansar. Mas, minutos depois, eles se surpreenderam quando o
mago apareceu misteriosamente e disse:
– Perdoem-me,
amiguinhos, o trabalho que lhes dei... Eu não roubei os brinquedos... Eu os
tomei emprestados, porque sei que os brinquedos que saem das mãos dos duendes
do Papai Noel são mágicos e inesgotáveis. Hoje, eles encheram de alegria o
coração de muitos adultos que não puderam recebê-los quando crianças. Esses
adultos eram filhos de empregados que trabalhavam para mim, nesta fábrica. Isso
aconteceu há mais de meio século... Eu usava minha magia para intimidar os
funcionários e obrigá-los a trabalharem até mesmo na Véspera e no Dia de Natal.
Os seus filhos ficavam tristes e, em sua revolta, afirmavam que o Papai Noel
não existia. Vocês sabem que o Papai Noel não consegue visitar os lares onde as
crianças não acreditam em sua existência. Hoje, aquelas “crianças crescidas”
passaram a acreditar!... Nunca é tarde
demais para revestir o coração de esperança!...
O mago se emocionou, e
as lágrimas começaram a rolar em seu rosto. Renazinha e Ursinho também estavam
com os olhos úmidos. Mas a emoção cedeu lugar à alegria quando os brinquedos
começaram a aparecer em profusão. Feliz da vida, o mago exclamou:
– Eu disse que os
brinquedos que saem das mãos dos duendes do Papai Noel são mágicos e
inesgotáveis!!!... O que estamos esperando?!... Embora a minha magia não seja
pura o suficiente para fabricar brinquedos, ainda é boa o bastante para nos transportar
e levar também todos esses brinquedos para a fábrica do Papai Noel.
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Era uma vez um jovem
que estava cansado de ser príncipe. Ele desejava viver longe do castelo e sem
preocupações.
UM JOVEM CANSADO DE SER PRÍNCIPE
Certo dia, uma fada
concedeu-lhe um desejo, e ele pediu a ela que o transformasse em um sapo.
Ele foi morar no brejo
e conheceu uma sapinha encantadora.
Feliz da vida, ele
pensou: “Eu sempre suspeitei que o meu grande amor vivesse fora das paredes do
castelo.”
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Histórias em Quatro Quadros
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MAIARA E A FADA GUARDIÃ DAS ÁRVORES
Maiara era uma adorável bruxinha
que retirava seus poderes mágicos de sua abóbora encantada. Ela morava na
floresta das casinhas de doces. Eu sei que você deseja saber o que uma bruxinha
bondosa estaria fazendo em uma floresta onde as bruxas costumavam construir casinhas
de doces para atrair as crianças gulosas e transformá-las em árvores que,
segundo relatos contidos nos livros das bruxas, dariam frutos saborosos. A
resposta é: Maiara tomou para si a missão de libertá-las.
As bruxas não imaginavam que
Maiara fosse boazinha. Quando elas mandavam alguma criança tirar os sapatos e
colocar os pés dentro do buraco que haviam cavado para que pudessem cobri-los
de terra, Maiara fazia uma carinha de má e se oferecia para vigiar a infeliz
criancinha. Você deve ter imaginado que Maiara sempre encontrava um modo de
facilitar a fuga. Depois, ela se divertia quando contava sempre a mesma
história:
– Vocês não vão
acreditar, mas a fada guardiã das árvores apareceu novamente e disse: “Não
permitirei que uma criança manhosa e birrenta seja transformada em árvore. As
bruxas que usem sua criatividade para transformar as crianças gulosas em
qualquer outra coisa, menos em árvores!...”
As bruxas se zangavam, resmungavam,
culpavam a fada protetora das árvores por nunca terem tido a oportunidade de
provar os deliciosos frutos que, segundo seus livros de magia, as criancinhas
transformadas em árvores produziam. Elas nunca suspeitaram que era Maiara quem
protegia as criancinhas e não a fada guardiã das árvores.
Arte: Magda Cunha
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